domingo, 18 de julho de 2010

Dialógica da despedida

Encontrar eu quis...

você veio e surgiu a possibilidade,

mas as sensações independem de nós;

procuramos algo que nos inquiete, que nos envolva...

Sentir é a essência dessa busca desritmada.

Humm! Um amor, quem não quer?

Não existe idade, nem experiência que nos valha desse querer.

Eu quero colo e você também...

alguém com quem compartilhar, além do que se imagina.

A vida e o amor, surpresas sempre.

Quis ver em você, a minha grande surpresa...

mas é isso... inquietante sou e não senti o mesmo, nem você também.

O tempo e suas respostas... que se façam presentes!

Patrícia Abreu

*Arquivos de 2007*

sábado, 17 de julho de 2010

Love of my Night

“Sexta-feira, fim de semana, sinal verde para liberdade. É incrível o poder que esse dia exerce sobre as nossas vidas”, pensávamos enquanto nos dirigíamos a um barzinho, só eu e você.

Como dizia um velho conhecido (coincidentemente, em uma sexta-feira): “– Hoje é sexta, dia dos despautérios! Então saltite porque é bom e pronto.”

Estávamos andando pela rua quando senti um ar de liberdade, talvez a companhia me despertava tanto isso, principalmente quando dela, eu escutava aquela gargalhada inconfundível(kkkk...) -- e que saudade dessa que quebrava os mais resistentes icebergs.

Chegando ao bar, um calor toma conta de nós (deixa-me explicar: era culpa do dia que estava quente. Rs)...mas vamos a parte boa da história: sentados lado a lado, à mesa, pouso minha cabeça sobre o seu ombro, e foi o que bastou para sentir você de um jeito envolvente, fechei meus olhos e teus lábios tocaram os meus, vagarosamente, nossas línguas ficaram num roçar insinuante, e ao fundo, após alguns instantes, escutamos uma linda música: LOVE OF MY LIFE (que se traduziu: LOVE OF MY NIGHT). E assim, tão efêmero quanto a noite e a canção, foi o beijo e um amor de sexta-feira.

Patrícia Abreu

*Registros de 2007.*

terça-feira, 13 de julho de 2010

Rendição

“Vou embora com a ressaquiada certeza

De que a ´resistência` és tua fortaleza...

E que mesmo no adocicar do vinho

Há um paladar encrustado de espinho

É! A guerra não é só perdida no calor da batalha,

Mas na sutileza do silêncio que afaga a falha

E, no orgulho frágil por trás da trincheira,

O guerreiro se desarma e mostra a sua maneira”

Patrícia Abreu

Quando Ninguém Vê

Um grilo a minha frente

Eu, saciada da sede que me consumia, ainda

Me encontro com água no copo à mão

E o líquido é gelado; qual será a sensação?

Devo jogar?Não, isso é mal!... como deve ser?...

Joguei! O grilinho saltita mudo, desembestadamente

E eu: Coitado! Que maldade! Deus me perdoe!

... guardo o copo.

Patrícia Abreu