terça-feira, 14 de junho de 2011

Esta(s)ções

Pensei hoje: “Teu olhar desmente as tuas palavras”, mas o que importa?! Não vou ficar tonta em delírios particulares.

E este medo de perder a liberdade? Tudo bem, e, nesses dias quem não tem?!

Por que você se protege tanto (se eu quero fazer isso por você)? “Eu quero?!” também tenho tantas dúvidas, marcas que ficaram. E esses planos que você faz para nós – sempre estáveis, mas, paralelos. Não sei se percebeu, mas eles se cruzam de tempos em tempos em um caminho. Tanta coisa que eu não esperava se fez.

Daí me pego escutando: ”um dia ainda vamos ter que decidir, você sabe!” (Mas esses lances do jogo já não me surpreendem mais).

Só o que realmente me interessa é quando estamos no altar de Vênus, celebrando... pele a pele... aquele seu olhar me toca e se traduz de um jeito que eu entendo, mas, que se eu te dissesse, você negaria enfaticamente. Te digo, somente aqui, são tantas indagações que me fazes: “é mais do que desejo?”; “o que tá acontecendo? Me ajuda! Esclarece!”; “ O que eu to sentindo?”; “O que é isso que existe entre nós?!”. Então, o que era consenso “isso é pura diversão!”, se transformou... depois disso, impera o silêncio.

Mas eu já entendi o seu jogo, sua estratégia... “recolha-se guerreiro, voltamos a pelear numa outra estação; deixa a chuva fazer o seu trabalho”.

Depois as criaturas tomam conta de nós novamente.


Patrícia Abreu
14/06/11